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Ventos da Discórdia




Agonia de uma tépida presença
Suas quimeras, seus errantes
Favo límpido es tua face
Devaneio, leviano, sou viajante

Quiçá alguém possa definir
Tais futuros de um lúgubre ermitão
Que por anos ficou a esperar
Atingir o fastígio de uma Paixão

O que me sondas é o que me detém
Desvanecendo a dor de um procurado
Que em cálida ausência pertinente
Devolves do teu sorriso o meu agrado

Dizendo-me aluado
Não, não posso concordar!
Que mal tens o que faço?
Sucinto, me ponho a Lua a inebriar

Seguindo o meu destino
Que outrem me prediceram
 Inepto, consto um monumento
Tenro, promíscuo e incerto

Sentimentos que me cortam
Invernoso ou primaveril
Atos rifados de um apaixonado
Austero sou com meu feitio

Morro de ventos traiçoeiros
Que tornam os passos uma alusão
Fazendo deles hospedeiros
Sem caminhos, apreços ou pretensão

Eis então os ventos da discórdia
Nada mais são que uma triste profusão
De amores, olhares e partidas
Vindas de um equívoco coração  

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